''... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.'' (João 14:6)

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Entrevista realizada em 10/01/11 com a Pra. Flordelis

Como começou seu ministério de louvor?

Quando ainda era pequena, vivia num lar cristão e meu pai montou um conjunto evangélico e colocou o nome de Angelical; a partir daí eu comecei a viajar com esse conjunto. Só parei aos 15 anos quando houve um acidente na Via Dutra e morreram quatro componentes da banda, sobrevivendo apenas três. Esse acidente foi noticiado em todo o Rio de Janeiro e Brasil. Então eu parei. Durante esse tempo, fazíamos o evangelismo nas madrugadas, nas favelas, me casei, tivemos nosso filhos e então, voltei a cantar.

Quem compõe as músicas que você canta?

São amigos como Fabiano Barcelos, Anderson Fontes, Anderson Freire, Vania Santos. São amigos que o Senhor vai levantando.

No passado você sonhava que um dia estaria lançando um CD?


Sonhar a gente sonha, né? Difícil é a gente acreditar que vai acontecer, mesmo tendo um Deus grande e poderoso. Eu morava numa favela e a gente olha a nossa volta e não há muitos recursos. A gravação de um CD é uma coisa que até hoje é muito cara, até mesmo numa gravadora grande como a MK Music. Eu sempre sonhei, sempre pedi a Deus que um dia fizesse isso na minha vida, mas eu olhava com olhos humano e, de verdade, não enxergava que as coisas iriam acontecer desta forma.

Quais são seus maiores incentivadores?

Além da minha mãe, que sempre motivou meu ministério, são meu marido e a minha filha mais velha Simone. Eles sempre foram meus maiores incentivadores.

Quais são as suas referências musicais?


São tantas referências musicais que eu tenho ao longo dos anos, até porque são muitos anos de caminhada. Mas, a minha referência atual é alguém que eu aprendi a amar, uma pessoa super simples e humilde em quem eu tenho visto Deus. É a Bruna Carla.

Algum dos seus filhos também tem ministério de louvor?


Eu tenho filhos que hoje estão cantando, mas tenho outros que tocam instrumentos, como teclado e violino e também tenho filhos que tem o sonho de serem pastores, seguindo o meu exemplo. Isso é muito bom, porque hoje sou referência para eles.

Como foi o seu encontro com o Pr. Anderson?

Quando nos casamos, eu já tinha 5 adolescentes morando comigo. Eu vim de um casamento que não deu certo porque meu ex-marido não gostava do trabalho que eu fazia na favela. Eu sempre gostei de desafios.

O pastor Anderson veio com um grupo de jovens que foi fazer evangelismo na madrugada junto comigo e eu não via que isso um dia pudesse acontecer, que pudéssemos nos apaixonar e nos casar. Éramos pessoas muito diferentes, apesar do nosso gosto em fazer a obra. Um belo dia ele resolveu me pedir em casamento! Ele já me conheceu no evengelismo na madrugada, nas minhas maluquices como chama até hoje. Ele fala que eu tenho dois parafusos a menos. (risos)

Eu nunca orei por isso, porque não pensava em me casar novamente e, acredito, sobre a questão do casamento, que Deus abençoa a nossa escolha, pois Deus não é santo casamenteiro. Conheço muitos casamentos que aconteceram por profetas e que não deram certo, são cheios de crises e problemas. O meu não teve profecia ou revelação, nem visão; simplesmente nos conhecemos, fizemos a obra, nos apaixonamos, nos casamos e nos damos super bem. Temos crises como em todo casamento, mas temos algo que muita gente não tem: somos amigos de verdade, nós nos completamos de verdade.

Deus abençoa a nossa escolha. Se fosse somente a escolha de Deus não precisaria o tempo do namoro e do noivado. Você conheceria hoje e poderia se casar amanhã que daria certo. Não é assim. O namoro e noivado é para que se conheça a pessoa e não case com ela no escuro. Se for sem vergonha, Deus mostra! Nesse momento entra o agir de Deus; quando você conhece um pilantra que está com capa dentro da igreja, no período do namoro e do noivado Deus tira a capa para que você veja. Mas, se você insistir em casar, vai pagar o preço. O namoro e o noivado é tempo de Deus para mostrar se a pessoa presta ou não para você.

O filme que você fez teve a participação de muitos atores conhecidos. De que maneira esse trabalho beneficiou diretamente o seu ministério?


Agora, depois de dois anos, estamos tendo retorno financeiro com a venda dos DVD`s. Nós não víamos retorno financeiro algum porque o filme teve custos para ser feito. Foi uma produção independente e os atores vieram voluntariamente, não cobraram nada. O mais caro para fazer um filme é o cachê do artista, principalmente do quilate dos que participaram desse filme. São artistas caríssimos que não cobraram nada, mas ainda tivemos despesas de câmeras e muitas outras que foram pagas com a  bilheteria do cinema. Hoje é que estamos tendo retorno com a venda dos DVDs. Eu ainda sonho em comprar a minha casa com a venda dos DVDs e com o meu CD. 

No site do Instituto Flordelis tem depoimentos de alguns artistas que fizeram o filme dizendo que vão a sua casa. Isso é freqüente?

Hoje não muito. Na época do filme eles frequentavam mais. Mas nós temos artistas que se tornaram nossos amigos como a Ana Furtado, a Fernanda Lima que já foi lá em casa, já tomou banho de piscina com as crianças, é amiga mesmo, a cantora Elba Ramalho, Cauã Reimond, Aline Moraes, Sergio Marone... São pessoas que tornaram-se nossos amigos e sei que se ligar eu posso contar. Mas eu não me utilizo disso, não uso artistas para pedir ajuda porque acredito que Deus me levou até eles não para pedir, mas para ganhá-los para Cristo. Não se prega um Deus grande, de providência com uma caneca de esmola na mão. Eu prego para eles sobre um Deus que supre todas as minhas necessidades.

No meio daquela filmagem, onde muitas não conheciam a Jesus, você viu alguém se quebrantando?


Eu vi Deus quebrantando muitos corações. Hoje, o Eric Marmo é evangélico, é crente na essência da palavra. Eu creio no quebrantamento da Fernanda Lima, que se interessa muito em conhecer o evangelho. Creio na conversão de muitos deles como o Sergio Marone e Cauã Reymond. Eles não conheciam nada de Jesus e tinham um pensamento errado sobre o evangelho e, hoje, eles sabem que Jesus não é uma religião, é transformação de vida.



Fonte: http://www.missaovida.com/

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